domingo, 7 de junho de 2009

Luís Vaz de Camões

Alegres campos, verdes arvoredos,
Claras e frescas águas de cristal,
Que em vós os debuxais ao natural,
Discorrendo da altura dos rochedos;

Silvestres montes, ásperos penedos,
Compostos de concerto desigual:
Sabei que, sem licença de meu mal,
Já não podeis fazer meus olhos ledos.


E pois já me não vedes como vistes,
Não me alegrem verduras deleitosas
Nem águas que correndo alegres vem.

Semearei em vós lembranças tristes,
Regar-vos-ei com lágrimas saudosas,
E nascerão saudades de meu bem.

Caminhada da Gardunha










Mais uma caminhada por este país à beira mar plantado. Desta vez na serra da Gardunha.
Foi o 7º. Encontro Nacional de Caminheiros, integrado na Festa da Cereja - 09, que se realizou no passado dia 31 de Maio, onde estiveram presentes 940 caminheiros representando praticamente todo o País. Os caminheiros do Círculo Cultural Scalabitano também estiveram presentes com um grupo de 8 elementos do qual fiz parte, já veterana nestas andanças.
O percurso, privilegiou o vale do Alcambar, onde se destacou o fruto vermelho e o verde garrido das folhas da árvore, permitindo um contacto com a beleza das cerejeiras. A caminhada proporcionou uma paisagem diferente na encosta da Gardunha permitindo aos caminheiros desfrutar de uma vista panorâmica sobre a Cova da Beira e a Serra da Estrela.
Como habitualmente, a concentração foi no Largo dos Caminheiros, Fundão. A caminhada iniciou depois das 9 horas devido à grande afluência de caminheiros. Após a saída da cidade, seguimos pelo Vale do Alcambar e na Quinta do Gonçalo onde se começou a subir pela encosta da Gardunha, passando pela Quinta da Serrana, Fórnias, terminando na Casa da Floresta. O percurso, com cerca 13 Km foi de dificuldade média superior, terminou na Floresta (920 metros) onde foi servido o almoço-convívio com animação, tendo como ementa caldo verde, porco assado no espeto acompanhado com arroz de feijoca e vinho tinto ou branco, sumos ou água. E não faltaram as apetitosas cerejas à sobremesa.
De tudo o melhor foi a paisagem e a companhia! Valeu a pena ir tão longe e perder umas horas de sono. Desta vez subimos mais alto e na última etapa já se tornou complicado pois o calor não ajudava. Não me esqueci da máquina fotográfica mas estava mal regulada e as fotos ficram demasiado claras e a luminosidade tão alta não ajudou.
P´ro ano há mais!